Castigo Eterno
Alguns pensam
que “eterna destruição”
(2 Ts 1:9 – ARA) significa que
as pessoas são consumidas pelo fogo do julgamento de Deus, e que eles deixarão
de existir após isso. Essa falsa doutrina é chamada aniquilacionismo. Nossa
experiência com aqueles que negam o castigo eterno é que eles fazem pouco ou
nenhum apelo à Escritura, e muito é concluído com base em sentimento e razão
humana. No entanto, devemos deixar a Santa Palavra de Deus resolver a questão.
Indica que a “eterna destruição” não
tem a ver com a perda do ser, mas com a perda do bem-estar.
Está claro em Jó
30:24 que os perdidos ainda existem depois que morrem. Diz que ainda existe “clamor” mesmo depois de terem sido
destruídos.
Apocalipse 19:20
nos diz que a besta e o falso profeta foram lançados vivos no lago de fogo.
Então, no capítulo 20, somos informados de que o diabo é colocado no poço sem
fundo durante o Milênio e depois solto. E depois de uma breve rebelião, lemos: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no
lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e
de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20:10). Note: a besta e
o falso profeta ainda estavam lá no lago de fogo após o reinado de mil anos de
Cristo! Eles não deixaram de existir.
O Senhor Jesus
disse: “Quem não crê no Filho não verá a
vida; mas a ira de Deus permanece nele” (Jo 3:36). “permanece” é uma coisa
contínua. Se a ira de Deus permanece sobre o incrédulo, deve haver a existência
do incrédulo para que ela permaneça sobre ele.
Novamente, diz
em Apocalipse 14:11, “a fumaça de seu
tormento sobe para todo o sempre”. Tormento significa uma condição que
requer que a pessoa esteja viva para o suportar. Você não pode atormentar o que
não existe.
O Senhor também
disse: “o seu bicho não morre” (Mc
9:48). Isso indica que os tormentos de uma consciência culpada não morrerão nos
perdidos sob punição eterna.
Várias
Escrituras nos dizem que o fogo do julgamento de Deus “nunca se apagará” (Mt 3:12; Mc 9:43, 45; Lc 3:17). Que necessidade
haveria para o fogo continuar se os que serão lançados lá fossem aniquilados
imediatamente?
Alguns nos dizem
que a própria morte é o julgamento. Mas a Escritura diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso (a morte) o juízo [julgamento – JND]” (Hb 9:27). Se “depois”
da morte vem o julgamento, como poderia a morte ser o julgamento?
Na Escritura, a
palavra “destruir” não significa
aniquilar algo – o término de sua existência. A palavra é “apollumi” no grego e é usada pelo Senhor, o Bom Pastor,
encontrando Suas ovelhas “perdidas”.
Ele disse: “Alegrai-vos Comigo, porque já achei a Minha ovelha perdida (apollumi)”
(Lc 15:6). O Senhor poderia ter encontrado algo que deixou de existir?
Não existíamos antes
de sermos escolhidos e salvos pelo Senhor? O apóstolo Paulo usa a mesma
palavra, dizendo: “Mas se também o nosso evangelho é velado, é velado
naqueles que estão perdidos (apollumi)” (2 Co
4:3 – JND). Poderíamos dizer que os pecadores incrédulos deste mundo deixaram
de existir quando ainda estão vivos e se movendo na Terra?
Mesmo em nossa
linguagem comum, “destruição” não
significa o término da existência. Por exemplo, se você pegasse um machado e
destruísse uma mesa bonita, haveria tanto material amontoado em uma pilha
inútil no chão quanto quando ela existia como uma mesa bonita e útil. Uma vez
destruída, não é mais útil para o propósito para o qual foi feita. É o mesmo
com a destruição dos seres humanos. O homem foi feito para a glória de Deus (Is
43:21; Ap 4:11). Se ele entrar em “eterna
destruição” (ARA), ele não poderá mais, pela salvação, ser apto para o
propósito para o qual foi criado. É chamado de destruição “eterna” porque não há recuperação dessa condição; é eterna (Mc
3:29).
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